Neste Natal vamos comemorar o nascimento de Sir Isaac Newton (25 de Dezembro de 1642) e ao invés de abater animais, vamos colher maçãs.
O sacrifício de animais em datas comemorativas tem origem nos antigos rituais religiosos, quando o bicho era morto para livrar os pecados de seu carrasco. Quer dizer, o animal servia de substituto e morria no lugar do pecador.
Ainda que este ardil tenha se perdido no tempo, seu aspecto mais cruel sobrevive na tradição judaico-cristã.
Separar os ideais de complacência da violência sacrifícial não é fácil e exige uma boa dose de hipocrisia.
Na ceia de Natal, engolimos um animal despojado de sua história, descontextualizado como ser vivo e reconstruído como alimento necessário à nossa sobrevivência. Esta farsa acompanha o prato principal e justifica a violência na busca pelo prazer individual.
Fechamos os olhos e abrimos a boca.
“O aspecto mais triste da vida de hoje é que a ciência ganha em conhecimento mais rapidamente que a sociedade em sabedoria”. Isaac Newton.